Um breve esclarecimento, porque, algumas vezes, é preciso descrever obviedades.
A lei. A lei é feita por homens - de homens para homens - para contemplar aos direitos de alguns homens. Alguns, afinal, nem todos os homens são tão homens. É preciso proteger e legitimar o direito que alguns homens têm sobre os demais homens.
Em meu discurso - acredite - não há excesso, nem repetição, é só nome, quase visualizo uma equação:
Homens + Leis = homens - Direitos;
H + L + D = h
Não, não funciona, não temos aí nenhum resquício de igualdade. Alguns homens são mais homens, e, no estado de direito - democrático, meritocrático, burocrático - a meritocracia define os homens de direito como donos da democracia e detentores das leis e seus processos burocráticos; tudo isso legitimado por cor, classe, sobrenome, patrimônio acumulado, ciclo social.
A lei serve para que os Homens de direito controlem os homens sem direitos, assim, os últimos servem livremente aos fins e interesses dos primeiros.
E então, e as mulheres? As mulheres não são homens, nem homens, são mulheres. E em toda mulher, portanto, há uma revolução em potencial.
Rs. Rosa Luxemburgo ficaria contente, mais ainda Simone de Beauvoir. Rs
ResponderExcluirhaha,minhas pretensões são menores
ResponderExcluirConhece o conto A eterna desconhecida do Nelson Rodrigues?
ResponderExcluirSim; gosto de Nelson, um bom sujeito cheio de contradições.
ResponderExcluirO caso é que, em relação ao conto que mencionei, se por um lado estamos mais avançados que as personagens do conto - já que temos a leve impressão que cada um de nós existe, pois estamos aqui conversando - por outro, parece que estamos fadados ao mesmo final... não acha, Lígia?
ResponderExcluirUm beijo, supostamente real. Rs
O virtual não é real, Maurício. Não estamos situados nem nos mesmo espaço, nem no mesmo tempo, e talvez nem estejamos no mesmo diálogo. hehe
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