Artur
Ele desenha meu sorriso,
todos os dias.
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Porque quando estou com Artur,
não há nada além de seus grandes olhos.
Não sei bem o que dizer,
nenhuma conclusão se faz suficiente.
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Artur veio, revirou minhas idéias,
atraiu minhas preocupações mais fúteis;
amargou.
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Desvio
Seu sorriso se funde ao meu;
Estremeço.
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Sobre o fim
Deixa-me existir
Deixa-me respirar
Na liberdade
me convém o erro
Meu silêncio é denúncia
de morno desespero
E na angústia
todo amor morre
todo sorriso cala
todo prazer esvai-se.
Toda solidão acaricia
Todo ego regenera-se.
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