segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Avenida Paulista

O pôr do Sol
refletido
em aranha-céus
espelhados
Imperceptível
aos olhos
tão condicionados
às luzes elétricas
Sempre apressados
transitam
confrontam-se
nas calçadas
E tropeçam
nos invisíveis
corpos
Fenômenos alheios
ao plano Cartesiano

São Paulo

Caminho
pelas ruas
Ainda dia
embora
quase sempre
cinza
Cidade
abarrotada
de transeuntes,
imenso deserto.
As pessoas
não têm
cheiro algum
nem medo
nem curiosidade
muito menos
Amor.
Olhos
pesados
no asfalto
Sorriso
encharcado
e peito
exausto
que dói
com tanta indiferença.