domingo, 7 de fevereiro de 2010

Sobre Cortázar e outros mais

Creio que haja dois tipos de homens, entre alguns outros que ainda não conheci, os que são capazes de construir paredes, sólidas, transitórias, tão ásperas quanto frias, tão dependentes de cor e sensibilidade de outro tipo de homem para conseguirem fazer-se observar com trivialidade;
e eu posso de tocá-las, friamente.
Outros homens são capazes de me transportar a delírios lancinantes
e eu sou tocada pela poesia e sinto um calafrio atrás da nuca, como não sou capaz de explicar
me despojo em sorrisos, como se pudesse doar meu corpo a sensação tal de prazer que transcende a matéria, eclode por cada poro, como se fosse toda hormônio, fragrância, delírio, volúpia
é por esses homens que me perco,
é por esses homens que me apaixono.
Então, sou toda expressão e desejos
é o mundo em que me crio e em que creio liberdade.
Sobre as mazelas do mundo, estamos as observando agora mesmo, ao pisar nessa calçada
ao olhar através dessa janela
É necessário que haja poetas,
que criem, reinvente, imprimam mágica
e façam-me esquecer de que estou entre paredes.

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