domingo, 12 de dezembro de 2010

Sobre

Sobre Lívia

Ela;
Sempre equilibrada;
madura,
lacônica
- em sua medida.
E eu, como falava,
descompassadamente;
Como se pudesse temer a cumplicidade,
que o silêncio desnuda.

***

Lívia, sempre observadora,
me fez recordações:
- o silêncio sempre me incomodou,
e muito.

Analogias:
Aprendi - com uma garota de quatorze anos,
que o amor não é uma constante,
que a felicidade - como a tristeza;
não é uma constante;
que o amadurecimento não é linear,
e a linearidade não é humana.
As cobranças e as crenças
talvez não compreendam austeridade,
porque os erros são parte de um processo
que humaniza.
E assumo tamanha presunção,
porque Lívia me sabe,
a ponto de tornar detalhes supérfluos;
O silêncio, o pranto, o riso.
A gente fala,
a gente cala,
chora e ri,
em silêncio,
- alegria e paz.
Intimidade.

(E é sempre complexo externar quem representa tanto,
talvez a grande tolice esteja
- de fato;
nessa pretensão humana em tentar explicar Amor.)


Sobre Felipe

Felipe e as conversas cíclicas,
sempre tão doces,
é a sensação;
- cumplicidade.
Eu falo Cortázar,
ele, Saramago;
ou não;
é como se a gente se interasse
pela liberdade da escolha;
a gente se enjoa, a gente se une,
a gente se divide e se permuta
Não se faz necessária estabilidade;
e ele diz que gosta,
que gosta de mim,
assim:
como sempre gostou.
Eu sorrio daqui.
Ele sorri dalí .
Seus trocadilhos me encantam.

Um comentário:

  1. AAAhhhh lindo lindo!!!
    Lí espero que essa inspiração dure... mais do que já durou hehehehhehe
    amo vc

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