sábado, 20 de novembro de 2010

Orientações para uma desconstrução

O porque da inconsequência do beijo

É num ato de inclinação,
desequilíbrio - rearranjo de eixos
- pode durar segundos, quiçá minutos.
Criamos um novo centro de gravidade;
mantido num equilíbrio sensível, fugaz
um ponto que foge do eu, e outro do tu
e - por instante - converge exatamente ao nós.
Instante que rompe-se inesperadamente,
como que para não sufocar o indivíduo,
que automaticamente emerge ao ego,
mas repetidas vezes pende,
escapando pela tangente.
Como num ciclo, dada necessidade de movimento
Como num vício, da ansia por experimentar
É como desafiar cada milimetro de fim transposto em pele.
É a negação do limite ao qual a teoria nos faz crer
- de que dois corpos não ocupam o mesmo lugar no espaço,
concomitantemente.
Sutilezas.

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